A constituição de holdings patrimoniais e sucessórias se tornou um caminho comum entre empresários e famílias que desejam proteger e organizar seus bens. O objetivo é claro: redução da carga tributária, blindagem patrimonial e planejamento sucessório eficaz.
Porém, há um erro silencioso — e muito perigoso — que pode comprometer todo esse esforço: a falta de profissionalização e governança da holding.
Por que a simples criação da holding não basta?
É comum que, após a constituição da holding, ela seja “abandonada” pelos sócios. A estrutura existe no papel, mas não há gestão ativa, acompanhamento jurídico, nem práticas de governança que garantam o cumprimento dos objetivos iniciais.
O resultado? Vulnerabilidade total frente à fiscalização e descaracterização jurídica da holding, com perda de benefícios fiscais, cobranças retroativas e conflitos familiares.
O cerco está fechando: nova legislação e jurisprudência
Fiscos estaduais e federal estão mais equipados e atentos a estruturas mal geridas. O PLP 108/2024, que trata da regulamentação da reforma tributária, já propõe:
- Validação do propósito negocial como requisito essencial para benefícios fiscais;
- Enquadramento de práticas como doações disfarçadas (ex: distribuição desproporcional de lucros) como geradoras de ITCMD;
- Aplicação da norma antielisiva prevista no próprio CTN.
Mesmo antes da aprovação, tribunais já estão adotando essa lógica em decisões judiciais. Ou seja, o risco é real e presente.
Profissionalizar é proteger: a importância da governança corporativa
Mais de 90% das empresas brasileiras são familiares, mas apenas 30% chegam à terceira geração. A principal causa? Falta de governança e sucessão planejada.
A governança em holdings patrimoniais garante:
✅ Definição clara de papéis e responsabilidades
✅ Acordo de sócios que evita disputas familiares
✅ Criação de conselhos consultivos ou de administração
✅ Planejamento sucessório com previsibilidade
✅ Preservação da harmonia familiar e do patrimônio
Holding sem governança é castelo de areia
A estruturação correta da holding deve ser vista como uma fundação que exige manutenção contínua. É preciso tratar a holding como uma empresa: com regras, metas, relatórios, controles e acompanhamento jurídico e contábil especializado.
Se você criou uma holding ou está pensando em fazer isso, pergunte-se:
🔍 Já existe acordo de sócios?
🔍 Há definição clara das funções e remuneração dos gestores?
🔍 Existe controle efetivo da movimentação patrimonial?
🔍 Foi feito o planejamento sucessório com base em governança?
Conclusão: a segurança da sua família começa com decisões inteligentes hoje
Blindar patrimônio e garantir uma sucessão eficiente não é um privilégio dos grandes empresários. É uma necessidade real das famílias que construíram algo com esforço e querem ver esse legado perdurar por gerações.
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Nosso escritório é especializado em assessoria jurídica tributária e empresarial, com foco na estruturação de holdings, planejamento sucessório e governança corporativa.
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